A importância da Fiocruz na história da saúde pública no Brasil
A história da Fundação Oswaldo Cruz começou no dia 25 de maio de 1900, com a criação do Instituto Soroterápico Federal, na bucólica Fazenda de Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro, pelas mãos do jovem bacteriologista que dá o nome à Instituição. 1908, o Instituto foi transformado em Instituto Oswaldo Cruz (IOC). O IOC foi responsável pela reforma sanitária que erradicou a epidemia de peste bubônica e a febre amarela da cidade e logo ultrapassou os limites do Rio de Janeiro, com expedições científicas que abriu caminhos por todos os cantos do país. Desde então, a instituição experimentou uma intensa trajetória, que se confunde com o próprio desenvolvimento da saúde pública no país.
Durante todo o século 20, a Fundação Oswaldo Cruz vivenciou as muitas transformações políticas do Brasil. Com mais de 100 anos, a Fiocruz desenha uma história robusta nos primeiros anos do século 21. É uma década de grandes avanços científicos, com feitos como o deciframento do genoma do BCG, bactéria usada na vacina contra a tuberculose, e atualmente na pesquisa e fabricação de vacina contra a Covid-19 e o vírus monkeypox (MPXV), conhecido popularmente como varíola do macaco. Uma trajetória de expansão, que conta com a criação de escritórios como o de Mato Grosso do Sul e o de Moçambique, na África.
A Fiocruz está presente em 10 estados no território nacional e um escritório na África, em Maputo, capital de Moçambique. Além dos institutos sediados no Rio de Janeiro, a Fiocruz tem unidades nas regiões Nordeste, Norte, Sudeste e Sul do Brasil. Ao todo, são 16 unidades técnico-científicas, voltadas para ensino, pesquisa, inovação, assistência, desenvolvimento tecnológico e extensão no âmbito da saúde.
Na sua origem, o Provoc era um núcleo de um departamento da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Em 2004, a Escola passa por uma reestruturação em Laboratórios, tendo sido criado o Laboratório de Iniciação Científica na Educação Básica/Lic-Provoc, onde o Programa está sediado, coordenado por uma equipe de pesquisadores. Consolida-se a pesquisa na área da educação em ciências na EPSJV, o que permite, entre outras conquistas, o fortalecimento de uma linha em educação não-formal, articulada aos estudos sobre práticas pedagógicas no campo da C&T.
O Grupo de Pesquisa Ciência, Tecnologia, Educação e Cultura – CiTec, cadastrado no diretório de grupos de pesquisa no CNPq, sintetiza o trabalho do Laboratório, investigando as articulações das ciências e das tecnologias com a educação, trabalho e saúde, considerando seus impactos nas sociedades modernas. Suas pesquisas concentram-se nas seguintes temáticas: Carreiras científicas e trajetórias juvenis; Educação Científica e Tecnológica; Gênero; Juventude; Identidade e diversidade, Inclusão social; Desigualdade; Mudanças nas práticas de produção dos conhecimentos técnico-científicos em saúde; Políticas públicas para juventude e os modelos educacionais; e Vulnerabilidade. O CiTec possui as seguintes linhas de pesquisa:
• Educação, Saúde e Ambiente
• Iniciativas de Educação Científica para Educação Básica
• Juventude, Ciência e Tecnologia
O Lic-Provoc mantém, ainda, cooperação técnico-científica com o Departamento de Psicologia Social da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com ênfase no tema “trajetórias de trabalho dos jovens”, além da participação de alunos de graduação (Estágio Supervisionado) nas atividades pedagógicas e de pesquisa em educação.
A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente também está sob coordenação do LIC-Provoc. Iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz e da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva – ABRASCO, o projeto busca estimular os jovens a construir conhecimentos e refletir sobre as questões e os problemas referentes à saúde e ao meio ambiente no Brasil. Trata-se de uma proposta educacional em que o foco se coloca na elaboração de projetos, por alunos do ensino fundamental do 6º ao 9º ano e do ensino médio, voltados à melhoria da qualidade de vida, resultado da integração da saúde com o meio ambiente, e na expressão artística sobre esses temas. Propõe-se a aplicação de conhecimentos interdisciplinares, de forma criativa, em situações-problema, e pretende contribuir para a construção do conhecimento científico de maneira integrada às culturas locais. A competição, aberta a alunos regularmente matriculados em escolas da rede pública e privada do país, visa também valorizar o trabalho do professor. Sua primeira edição ocorreu entre os anos 2002/2003 e desde a terceira edição, em 2006, está sob a coordenação do Lic-Provoc. Até o momento, já foram avaliados mais de 3.000 trabalhos, provenientes de todos os estados brasileiros.