21ª SNCT da Fiocruz movimenta todas as regiões do país com atividades de ciência, tecnologia e inovação

Fonte: Redação OJC&T com Comunicação da SNCT Fiocruz - EPSJV/Fiocruz | 25/10/2024 15:29:46
foto dos visitantes na tenda da Ciência da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2024 da Fiocruz.

Foto: Getúlio Ribeiro


A 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) da Fiocruz, realizada de 15 a 19 de outubro de 2024, reuniu milhares de visitantes em várias regiões do Brasil. Só no campus Fiocruz Manguinhos, no Rio de Janeiro, foram mais de 5 mil participantes envolvidos em oficinas, bate-papos, ações educativas e espetáculos teatrais, além de uma exposição internacional. Com o tema central “Biomas do Brasil: biodiversidade, saberes e tecnologias sociais,” a SNCT 2024 da Fiocruz destacou-se como o maior evento de divulgação científica do Brasil.
foto de crianças deitadas no chão assistindo a contação de histórias sobre ciência.
A programação diversa e interativa da SNCT 2024 promoveu debates e reflexões sobre temas cruciais, como avanços tecnológicos, sustentabilidade e saúde pública. No campus Fiocruz Manguinhos, mais de 100 atividades engajaram o público de forma acessível e lúdica, e dezenas de outras ações ocorreram em unidades regionais da Fiocruz, ampliando o alcance da ciência e tecnologia.

No Rio de Janeiro, a Feira de Ciências no campus Manguinhos ofereceu mais de 50 atividades, incluindo oficinas, jogos e experiências práticas, com destaque para o ‘Bioma Mata Atlântica – Diálogos em Biodiversidade, Ambiente, Saúde e Tecnologias Sociais.’ Nesta atividade, estudantes discutiram a preservação ambiental com base em pesquisas da unidade Fiocruz Mata Atlântica, situada na Floresta da Pedra Branca, no bairro de Jacarepaguá.

A programação da SNCT Fiocruz 2024 expandiu-se para escolas da Região Metropolitana, com apresentações como a peça teatral ‘O Rapaz da Rabeca e a Moça Rebeca’ nas cidades de Duque de Caxias, Mesquita e São Gonçalo. A peça emocionou o público ao conectar ciência, cultura popular e preservação ambiental de maneira envolvente e lúdica.
 

Unidades regionais da Fiocruz levam ciência a todo o Brasil, com atividades interativas e culturais que alcançam milhares de pessoas em cada região do país

As atividades continuaram a surpreender nas unidades regionais. Em Brasília, o show musical ‘Ciência que (en)canta’ atraiu crianças e adultos com canções sobre questões ambientais. Na Fiocruz Amazônia, o ‘Tapetão do Conhecimento’ envolveu os visitantes em um jogo sobre ecologia, promovendo aprendizado de maneira divertida e interativa.

Em Rondônia, o 1º Simpósio de Mostras Estudantis da Amazônia Ocidental de Ciência (Sim Amo Ciência) destacou projetos de estudantes sobre a preservação da Amazônia. Na Fiocruz Piauí, a oficina ‘Conectando a Ancestralidade e Ciência’ discutiu o racismo ambiental e a preservação dos biomas brasileiros. Na Fiocruz Pernambuco, a exposição ‘A Peste no Brasil’ explorou lições históricas sobre a peste bubônica, enquanto na Fiocruz Minas Gerais, exposições como ‘Biodiversidade e Saúde’ e ‘Vias do Coração’ atraíram visitantes ao integrar ciência e saúde com a biodiversidade local. Na Fiocruz Paraná, a contação de histórias ‘Panambis, mandaçais e joaninhas’ encantou o público com a riqueza da fauna e flora brasileiras.

A SNCT 2024 contou com a parceria da Pró-Reitoria de Extensão (PR-5) da UFRJ e do Sesc Rio, com apoio do CNPq, Fulltime Logística e Águas do Rio. O evento foi uma realização da Fiocruz em conjunto com o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
 

Jovens do Provoc levam público a uma viagem pelos biomas e descobertas em atividades interativas e cifoto da Amanda e sua orientadora apresentando a Viagem ao Tempo.entíficas na 21ª SNCT da Fiocruz

Amanda Marcello da Silva Costa, estudante da Etapa Iniciação do Programa de Vocação Científica (Provoc), foi a protagonista de um jogo em forma de viagem no tempo pelos biomas do Brasil, que ela mesma criou e apresentou na SNCT 2024 da Fiocruz. Através de uma máquina do tempo, Amanda conhece cientistas icônicos como Oswaldo Cruz na Amazônia e Carlos Chagas no Cerrado, descobrindo as importantes pesquisas que eles realizaram no século XX. Ao longo da viagem, Amanda também mostrava como esses biomas estão atualmente e discutia os problemas que enfrentamos hoje, como a destruição ambiental e a necessidade de preservação. A atividade incluía um painel com fotos históricas dos biomas brasileiros.

foto de Beatriz apresentando seu trabalho de pesquisa.Outra atividade, que atraiu a curiosidade do público com réplicas de coprólitos – fezes fossilizadas de animais e pessoas, preservadas em ambientes áridos – e amostras de fezes de diferentes espécies foi ‘Uma coleção biológica pra lá de inusitada’, apresentada pela jovem da Etapa Avançado da Provoc, Beatriz Rodrigues Guimarães. A exposição contou com modelos 3D de coprólitos e caixas com amostras reais, acompanhadas de fichas informativas sobre as espécies representadas. Lupas manuais permitiram aos visitantes observar e comparar os vestígios alimentares de animais carnívoros, herbívoros e onívoros. A atividade também incluiu conteúdos interativos e um jogo sobre Paleoparasitologia, demonstrando a importância desses registros biológicos.
 

Feira de Ciências da EPSJV destaca projetos estudantis na 21ª SNCT

foto dos estudantes apresentando trabalho sobre cigarro eletrônico, na EPSJV.A quarta edição da Feira de Ciências da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), da Fiocruz, movimentou alunos e professores com atividades simultâneas. As apresentações ocorreram em salas de aula e tendas, trazendo projetos diversos que contaram com o apoio dos professores e abordaram temas de interesse dos próprios estudantes.

Entre os destaques, estava uma sala de jogos interativos voltada para saúde e formação técnica. As coordenadoras da Feira e professoras-pesquisadoras da EPSJV, Fernanda Bottino e Tainah de Paula explicaram que “os trabalhos expostos trouxeram uma diversidade de assuntos de interesse dos próprios alunos”. Um dos projetos ensinava a fazer adubo caseiro e construir um sistema de irrigação simples. Outro explicava o sistema digestório e o ciclo menstrual. A atração ‘Sinfonia da Ciência’, um karaokê científico, também foi um sucesso entre os participantes.

A Feira foi um sucesso, mostrando o engajamento dos alunos e incentivando a troca de experiências. A iniciativa aproximou a ciência da realidade dos jovens, promovendo o aprendizado de forma dinâmica e interativa.
 

Oficina de combate à desinformação e jogos sobre trajetória e importância de mulheres na ciência

Oficina Ferramentas para desafiar fake news e outras mentiras sobre saúde e ciência incentivou estudantes a formularem hipóteses e a entenderem mais sobre o método científico no Salão de Conferências do Centro de Documentação em História da Saúde, na Casa de Oswaldo Cruz (COC). A atividade foi conduzida pelo comunicador da Agenda Jovem Fiocruz, Eric Andriolo, que engajou uma plateia de jovens interessados.

A Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e o superintendente do Ministério da Saúde no Mato Grosso do Sul, Ronaldo de Sousa Costa, também prestigiaram o evento, visitando e acompanhando atividades. O Programa Mulheres e Meninas na Ciência, coordenado pela VPEIC, foi um dos destaques na visita na Feira de Ciência que contou com jogos interativos, que destacavam a trajetória e a importância das mulheres na ciência.
 

Atividades sobre inclusão interativas e educativas em diversos espaços da 21ª SNCT

Na SNCT 2024 da Fiocruz, a oficina ‘Simulação de Deficiências Físicas e Tecnologias Sociais na Reabilitação’ ofereceu uma experiência imersiva no hall da Biblioteca de Manguinhos. A atividade utilizou elementos da fisioterapia para motivar e engajar os participantes, que pudefoto de rapaz que usa a linguagem de sinais para explicar o projeto de visitação para cegos ao Castelo Mourisco da Fiocruz.ram vivenciar a realidade de quem enfrenta desafios físicos e locomotores. Além disso, aprenderam como jogos podem auxiliar em tratamentos de reabilitação, desenvolvendo força muscular, equilíbrio e condicionamento. A fisioterapeuta, Monique de Lima Pereira, do ambulatório de Fisioterapia do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), explicou que “os jogos fazem parte de uma abordagem inovadora na reabilitação de pacientes, chamada de gameterapia”. Muitas crianças também se impressionaram com o uso de jogos nos tratamentos.

Outro destaque foi a ‘Mostra de objetos e materiais acessíveis das exposições do Museu da Vida Fiocruz’. A exibição incluiu uma maquete tátil do Castelo Mourisco, idealizada para pessoas cegas, além de materiais que detalham a arquitetura e a história do espaço, proporcionando uma experiência inclusiva aos visitantes. “Estamos abordando questões relacionadas a transtornos sensoriais, como o estresse causado por sons ou imagens, além de criar momentos para atender a todas as necessidades”, explicou o educador surdo, Paulo Andrade.

Na Feira de Ciência, o estande ‘Comunicação sem Barreiras: Comunicação Acessível e Inclusiva’ do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde Pública (Daps/Ensp) também promoveu a acessibilidade. Entre as dinâmicas, um quiz sobre deficiências e capacitismo podia ser jogado com um dado, incentivando o público a refletir sobre o tema. As publicações acessíveis da atividade, com tecnologia assistiva, estão disponíveis para baixar aqui.

 

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