Ramo da Engenharia responsável pelos projetos e construções de embarcações marítimas, a ENGENHARIA NAVAL analisa matérias-primas, acompanha todas as etapas da fabricação de componentes mecânicos e realiza todas as etapas de manutenção de barcos, navios e até mesmo plataformas de petróleo. Engenheiros da área podem trabalhar diretamente com a construção de navios – são os chamados “arquitetos navais” – ou gerenciar os meios de transportes fluviais em rios e mares.
Outra atribuição dos Engenheiros Navais é a construção de motores especialmente para veículos do mar: há especificações para lanchas, barcos, submarinos e até mesmos robôs marinhos usados em pesquisas científicas e exploração de petróleo. A ENGENHRIA NAVAL (também conhecida como Engenharia Marítima ou Oceânica) adapta conhecimentos de outras Engenharias – como a Mecânica e a Elétrica – para criar estruturas marinhas especiais, já que a água exige conhecimentos específicos sobre mecânica hidráulica e de fluidos.
Umas das principais formas de locomoção do homem em grandes distâncias desde as primeiras civilizações, os transportes marítimos não só representaram avanços na Engenharia, como também permitiram que sociedades alcançassem outros territórios. A construção de grandes embarcações fervilhou na Europa especialmente no início do século XVI, durante a Expansão Marítima. Desde então as relações entre os países nunca mais foram as mesmas: de grandes guerras ao comércio, navegantes enfrentaram verdadeiras revoluções para chegar ao chamado “novo mundo”.
Mas a ciência de construção de navios só evoluiu em 1735, quando a Marinha Francesa enviou uma expedição à Cordilheira dos Andes, no Peru com o objetivo de determinar a real forma geométrica do planeta. Eles questionavam se isso influenciaria a arquitetura dos navios e estavam certos: dez anos depois da viagem, o cientista e matemático francês Pierre Bouguer registrou sua pesquisa no livro Tratado do Navio – sua construção e seus movimentos, de 1746, considerado pioneiro na arquitetura naval. As técnicas se proliferam na Europa, e países como França, Inglaterra, Espanha e Itália desenvolveram diferentes tecnologias para criar novas embarcações cada vez mais resistentes e, claro, velozes.