Engenharias

Apesar de geralmente ser encaixada dentro das áreas do conhecimento ligadas à exatas, as engenharias ganham um campo próprio. Isso porque apesar de usarem cálculo e lógica para resolver problemas, também fazem uso de recursos naturais para construir, criar e conceber novas ferramentas que facilitem a vida em diversos âmbitos gerando benefícios para os seres humanos.

Compreende os cursos de engenhara civil, elétrica, mecânica, química, sanitária, de produção, de minas, metalúrgica, nuclear, de transportes, naval, aeroespacial, biomédica, entre outras. Portanto, além de afinidade com as ciências exatas, a engenharia também demanda uma grande capacidade de criar e construir.

Ramo da Engenharia especializado em projetos e manutenção de aviões, satélites e foguetes, a ENGENHARIA AEROESPACIAL é uma área multidisciplinar. Especialistas no ramo não só trabalham com a arquitetura de grandes veículos de voo, mas também aprendem a construir equipamentos eletrônicos, computacionais e até mesmo compostos químicos especiais para cada tipo de aeronave.

Também chamada Engenharia Aeronáutica, a ENGENHARIA AEROESPACIAL atua em maior escala na aviação civil, onde profissionais da área também são requisitados para o trabalho em construção de aeroportos e gerenciamento de tráfego aéreo. Já no ramo das atividades aeroespaciais, os engenheiros são capacitados para elaboração de missões espaciais, desenvolvimento de sistemas, motores e equipamentos mecânicos e eletrônicos para serem lançados ao espaço.

Fascinado com as asas dos pássaros, o homem sempre buscou inspirações para tentar voar. Em 400 a.C, na Grécia Antiga, estudiosos tentaram reproduzir aves em madeira para aprender as técnicas e segredos dos voos. Após o surgimento de balões de ar quente e dirigíveis durante o Renascimento Europeu, cientistas e engenheiros construíram planadores, permitindo novos avanços até a invenção do avião. Desde 1800, diversos pesquisadores se dedicaram à criação de um equipamento voador controlado pelo homem.

Apesar de muitos franceses e ingleses terem arriscado tal feito, um brasileiro e dois americanos foram capazes de conquistá-lo. Em Paris, o inventor brasileiro Alberto Santos Dumont fez o primeiro voo em julho de 2006 com seu famoso modelo, o 14-Bis, fato registrado por autoridades da aviação na época. Já nos Estados Unidos, os construtores de bicicleta Irmãos Wright também conseguiram voar em 1903 com um motoplanador criado por eles.

ENGENHARIA BIOMÉDICA é a parte da engenharia voltada para a concepção de equipamentos usados em tratamentos, terapias e diagnósticos. Cabe a essa área do conhecimento realizar o projeto, a montagem e a manutenção de aparelhos que atendam às demandas do sistema de saúde.

Essa é uma área multidisciplinar, que agrega conhecimentos de ciências exatas e ciências da saúde. No Brasil, as graduações nessa disciplina são bem recentes: a primeira turma se formou em 2005. E a área está em expansão. Dada a integração cada vez maior entre medicina e tecnologia, os engenheiros biomédicos têm sido requisitados não apenas para a criação de novos aparelhos: diversos hospitais têm destacado a necessidade de um profissional desses em sua equipe de funcionários.

O engenheiro biomédico se dedica ao desenvolvimento e à produção de próteses, instrumentos médicos, equipamentos de diagnóstico e ao estudo dos organismos vivos, sempre tendo como ponto de vista a engenharia. A pesquisa acadêmica e os cargos de administração hospitalar também são possibilidades para o profissional com essa formação.

Área da Engenharia responsável pela projeção, gerenciamento e execução de construções, a ENGENHARIA CIVIL realiza obras como casas, edifícios, estradas, pontes, barragens e portos. Para isso, profissionais da área devem ter sólidos conhecimentos em disciplinas como física e matemática para desenvolverem e analisarem redes elétricas, equipamentos hidráulicos e de saneamento mais adequados para cada projeto.

Além disso, a ENGENHARIA CIVIL garante toda a segurança de construções, considerando aspectos como análise dos solos, estabilidade, influência de temperatura e do vento, entre outros efeitos. Profissionais da área também devem levar em conta materiais e infraestrutura específicas para cada empreendimento. Por isso, são cada vez mais valorizadas obras que consideram aspectos como a sustentabilidade, com objetivo de causar os menores impactos possíveis ao meio ambiente.

A história da ENGENHARIA CIVIL se mistura com o início das primeiras civilizações, bem como a formação das primeiras sociedades. Ao mesmo tempo em que inovava na agricultura e na domesticação de animais para pecuária, o homem percebia cada vez mais a necessidade de edificar novas estruturas para sua moradia e local de trabalho. Assim, egípcios já inovavam na área com as construções de suas enigmáticas pirâmides. Gregos e romanos também investiram na Engenharia para erguerem suas casas, teatros, estádios, portos, canais e túneis.

Apesar de ser uma disciplina antiga, a ENGENHARIA CIVIL só ganhou em 1747, na França, sua primeira Escola de Pontes e Pavimentações. Mas a chegada das tecnologias e inovações durante a Revolução Industrial não só permitiu a invenção de novos maquinários, como também popularizou materiais, como ferro, aço e concreto. Foi com a construção de grandes cidades, urbanização acelerada e construção de indústrias que profissionais da área puderam explorar resultados práticos e estéticos dos edifícios, trabalhando sempre em conjunto com outras áreas da Engenharia e da Arquitetura.

Área da Engenharia que estuda os processos de produção de materiais para a indústria, a ENGENHARIA de MATERIAIS e METALÚRGICA realiza pesquisas com diferentes matérias-primas até a chegada no produto final. O que diferencia uma área da outra é justamente o tipo de matéria utilizada nas pesquisas. Enquanto a ENGENHARIA de MATERIAIS busca inovações em plásticos, borrachas, resinas e cerâmicas, a ENGENHARIA METALÚRGICA atua na indústria siderúrgica, petroquímica e automobilística produzindo ligas metálicas de metais como cobre, aço, ferro e chumbo.

Para trabalhar com os materiais na indústria e explorar todas as suas propriedades, os profissionais da área devem estudar todos os procedimentos necessários – desde a extração na natureza, passando pelo refino, até a obtenção do produto final com as propriedades desejadas. A área é tão importante, que quase tudo a nossa volta já passou por um engenheiro de materiais: latas, chapas e vigas de construções, vidros, computadores, telefones, dutos, elevadores… E não basta apenas estudar as matérias-primas na natureza: profissionais da área devem valorizar a sustentabilidade e estudar tecnologias de reciclagem e reaproveitamento de resíduos.

A ENGENHARIA de MATERIAIS e METALÚRGICA se desenvolveu conforme civilizações descobriam e aplicavam metais (e outros produtos provenientes da natureza) em suas invenções. A influência do uso de metais pelo homem ao longo da história é tão importante que arqueólogos definem os períodos geológicos a partir deles: Idade da Pedra, do Cobre, Bronze e Ferro. A exploração dos metais proporcionou o surgimento de novas invenções, ferramentas e acessórios, especialmente quando o homem começou a forjá-los, mantendo suas propriedades físicas e resistência. Após a Revolução Industrial no século XVIII, as manufaturas passaram a ser elaboradas em novos equipamentos. As inovações permitiam a criação de produtos industrializados em larga escala, utilizando cada vez mais importantes materiais extraídos da natureza.

A ENGENHARIA de MINAS é o ramo da Engenharia que realiza estudos dos recursos minerais, aplicando-os na indústria. Especialistas na área identificam composições de rochas e combustíveis fósseis, realizam pesquisas para localizar as minas e encontram as melhores formas de explorá-las. Por isso, para concluir o curso não basta ter conhecimentos de física, química e matemática. Engenheiros de minas também devem estudar geologia e conhecer as inúmeras características de cada tipo de rocha encontrada na natureza.

Apesar de terem disciplinas semelhantes no currículo, a ENGENHARIA de MINAS e a Geologia possuem atuações profissionais distintas. Enquanto o geólogo preocupa-se com a origem e morfologia das rochas, os engenheiros colocam em prática esses conhecimentos para tirar o melhor proveito desses minérios e usá-los na indústria. Assim como outras áreas da Engenharia como de Materiais e Metalúrgica a ENGENHARIA de MINAS produz inúmeros produtos essenciais para as tecnologias criadas pelo homem. Portanto, é importante que profissionais da área também invistam em pesquisas para reduzir os impactos ambientais gerados pela exploração dos minérios.

Desde as primeiras civilizações, o homem explora metais, rochas e cerâmicas para criar seus utensílios e ferramentas de trabalho. Por isso, a história da ENGENHARIA de MINAS remonta à Idade da Pedra, quando pedreiras começaram a ser exploradas em regiões da Inglaterra e França. Já a primeira mina de bronze conhecida foi encontrada na China, e sua origem data 400 a.C. Outros metais como prata, ouro, ferro e chumbo foram explorados durante o Império Romano, que criou novas tecnologias para abrir minas.

Ao longo dos séculos, outros metais, seja em forma líquida ou sólida, também passaram a ser encontrados pelo homem. A primeira obra técnica – De Re Metallica – sobre a execução dos serviços e instruções para explorações de minas surgiu em 1556, lançada pelo cientista alemão Georgius Agricola, considerado o “pai da mineralogia”. Cerca de 200 anos depois surgiu na Alemanha a primeira Escola de Minas, e a atividade evoluiu ainda mais durante a Revolução Industrial, com a invenção de motores e equipamentos metalúrgicos.

A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO estuda o processo produtivo de uma instituição. É a área do conhecimento que tem como objetivo pensar a logística de funcionamento de empresas, órgãos públicos e outras instituições, gerenciando os recursos financeiros, humanos e materiais para aumentar ao máximo possível sua produtividade.

A necessidade de racionalizar e administrar os sistemas de produção nasceu com a Revolução Industrial, que trouxe mudanças fundamentais para a produção de bens de consumo no mundo – e, consequentemente, para a vida em sociedade. Porém, apenas no início do século XX surgiu a demanda por profissionais especializados na função administrativa, visando a otimização dos processos. No Brasil, primeiro curso de ENGENHARIA DE PRODUÇÃO foi criado na década de setenta. Atualmente, o engenheiro de produção é um profissional bastante requisitado no mercado.

O engenheiro de produção analisa o sistema de funcionamento de indústrias, empresas, bancos, lanchonetes, hospitais, entre outros estabelecimentos, e busca soluções que aumentem sua capacidade produtiva.

A ENGENHARIA de TRANSPORTES é o ramo da Engenharia responsável pela criação e manutenção de sistemas de transportes essenciais para mobilidade. Com disciplinas semelhantes à Engenharia Civil, a área traz conteúdos mais específicos para construção de pontes, estradas, portos e aeroportos. Por isso, formados na área devem estudar o funcionamento da malha área, expansão de rodovias e resolver problemas de trânsito.

O Engenheiro de Transportes pode atuar tanto na área logística – administrando programas e softwares de computador – como na área de infraestrutura, onde atua junto aos Engenheiros Civis para planejamento e construção de rodovias, por exemplo. Necessários especialmente em grandes centros urbanos, onde a mobilidade é essencial para o funcionamento de uma grande cidade, a ENGENHARIA de TRANSPORTES passa pelas inovações de tecnologias que prometem causar um menor impacto ambiental.

Apesar de ter surgido junto com outras áreas da Engenharia, a ENGENHARIA de TRANSPORTES ganhou força após a Revolução Industrial. Anteriormente, os meios de transporte já eram essenciais para a locomoção, mas a limitação da tecnologia impedia novos avanços, especialmente em terra. Um dos primeiros a evoluir e ganhar grandes proporções foi o transporte marítimo, responsável pela expansão de diversas culturas pelos oceanos.

Ao longo da Revolução Industrial surgiram motores movidos a vapor e a explosão, que deram mais potência aos veículos. Junto com eles surgiram as primeiras rodovias propriamente ditas, em 1769. Já o primeiro carro movido a gasolina foi inventado em 1895, pelo engenheiro alemão Karl Benz. Cerca de 80 anos antes, outra importante invenção mudou a forma como as pessoas se deslocavam: o engenheiro de minas britânico Richard Trevithick construiu a primeira locomotiva movida a vapor.

Ramo da Engenharia que passa por rápidas inovações, a ENGENHARIA ELÉTRICA elabora e estuda circuitos elétricos, desenvolve equipamentos eletrônicos, geradores e transmissores de energia. Basta olhar ao redor e perceber que o trabalho dos engenheiros elétricos está presente em todo nosso cotidiano: desde a produção da energia em usinas até a chegada da eletricidade em cidades em todo mundo.

Apesar de ser facilmente notada na iluminação, a ENGENHARIA ELÉTRICA também é desenvolvida para equipamentos eletromagnéticos, satélites e telecomunicações, computadores e informática, máquinas robotizadas e até mesmo para equipamentos médicos de alta precisão. Por isso, profissionais da área devem ter amplos conhecimentos de Matemática e Física, além de estarem frequentemente atualizados com a chegada de novas tecnologias na área.

Os primeiros passos para os estudos da ENGENHARIA ELÉTRICA na história foram dados pelo físico e médico inglês William Gilbert. Apesar de filósofos gregos terem elaborado teorias sobre o magnetismo, Gilbert foi autor da obra “De Magnete” publicada em 1600. O livro deu início aos estudos da eletricidade por meio de experiências com a resina fóssil ambar, conhecida desde a Grécia Antiga por adquirir cargas elétricas por meio da fricção.

Mais de 200 anos depois, outro inglês, o físico e químico Michael Faraday também realizou experimentos eletrônicos e provou a relação da eletricidade com o magnetismo. Faraday foi precedido por outros cientistas que também inovaram o ramo, como o dinamarquês Hans Christian Oersted e o francês André Marie Ampère. Suas experiências também foram fundamentais para o desenvolvimento da eletricidade. Já em 1878, a área passa por uma verdadeira revolução: Thomas Alva Edison inventa a lâmpada elétrica, permitindo o desenvolvimento de inúmeras outras invenções. A primeira linha de transmissão elétrica foi criada 14 anos, permitindo que a energia fosse enviada da usina até o consumidor final.

Área da Engenharia dedicada aos processos mecânicos dos mais diferentes tipos de equipamentos, a ENGENHARIA MECÂNICA é responsável pela projeção, criação, montagem e manutenção de sistemas automotores. Profissionais da área fazem escolha de matérias-primas, criam projetos e testam protótipos que serão usados nas indústrias. Além de oportunidades no setor automobilístico, há opções para criação de eletrodomésticos, robótica e setor aeronáutico.

Para criarem novas soluções tecnológicas, Engenheiros Mecânicos trabalham em conjunto com Engenheiros de Materiais, Eletricistas, entre outros. Dessa forma, profissionais realizam diferentes intercâmbios de conhecimento e desenvolvem, por exemplo, combustíveis alternativos, motores, aeronaves, navios e até mesmo próteses médicas. Profissionais da área devem ter, portanto, conhecimentos em Física, Química e Matemática, bem como em disciplinas de Termodinâmica e Design; e claro: ter muita curiosidade para entender como as máquinas funcionam.

A ENGENHARIA MECÂNICA como conhecemos hoje passou por inúmeras mudanças tecnológicas, mas as inovações só começaram mesmo após Isaac Newton publicar suas três principais leis, em 1687: O Princípio da Inércia, da Dinâmica e de Ação e Reação. Gregos e Chineses já haviam criado inúmeros mecanismos, como bombas d’água, motores a vapor. Mas foi só a partir do século XVIII que a Revolução Industrial mudou de vez a fabricação de máquinas, inaugurando uma nova era para as Engenharias.

Em 1847, no berço da Revolução, surgiu o primeiro Instituto de Engenheiros Mecânicos da Inglaterra. Foi então que governos da Europa e dos Estados Unidos passaram a investir cada vez mais em pesquisas na área, o que permitiu a criação dos motores movidos a combustível. O primeiro automóvel surgiu em 1885 na Alemanha, e em 1893 foi patenteado o primeiro motor a diesel. Logo em seguida surgiram no ar os primeiros aviões e desde então o cotidiano nunca mais foi o mesmo: as máquinas passaram a fazer parte da agricultura, da vida doméstica, do trabalho, do entretenimento e de quase tudo à nossa volta.

Ramo da Engenharia responsável pelos projetos e construções de embarcações marítimas, a ENGENHARIA NAVAL analisa matérias-primas, acompanha todas as etapas da fabricação de componentes mecânicos e realiza todas as etapas de manutenção de barcos, navios e até mesmo plataformas de petróleo. Engenheiros da área podem trabalhar diretamente com a construção de navios – são os chamados “arquitetos navais” – ou gerenciar os meios de transportes fluviais em rios e mares.

Outra atribuição dos Engenheiros Navais é a construções de motores especialmente para veículos do mar: há especificações para lanchas, barcos, submarinos e até mesmos robôs marinhos usados em pesquisas científicas e exploração de petróleo. A ENGENHRIA NAVAL (também conhecida como Engenharia Marítima ou Oceânica) adapta conhecimentos de outras Engenharias – como a Mecânica e a Elétrica – para criar estruturas marinhas especiais, já que a água exige conhecimentos específicos sobre mecânica hidráulica e de fluidos.

Umas das principais formas de locomoção do homem em grandes distâncias desde as primeiras civilizações, os transportes marítimos não só representaram avanços na Engenharia, como também permitiram que sociedades alcançassem outros territórios. A construção de grandes embarcações fervilhou na Europa especialmente no início do século XVI, durante a Expansão Marítima. Desde então as relações entre os países nunca mais foram as mesmas: de grandes guerras ao comércio, navegantes enfrentaram verdadeiras revoluções para chegar ao chamado “novo mundo”.

Mas a ciência de construção de navios só evoluiu em 1735, quando a Marinha Francesa enviou uma expedição à Cordilheira dos Andes, no Peru com o objetivo de determinar a real forma geométrica do planeta. Eles questionavam se isso influenciaria a arquitetura dos navios e estavam certos: dez anos depois da viagem, o cientista e matemático francês Pierre Bouguer registrou sua pesquisa no livro “Tratado do Navio – sua construção e seus movimentos”, de 1746, considerado pioneiro na arquitetura naval. As técnicas se proliferam na Europa, e países como França, Inglaterra, Espanha e Itália desenvolveram diferentes tecnologias para criar novas embarcações cada vez mais resistentes e, claro, velozes.

Especialidade da Engenharia que estuda, controla e gera energia presente em isótopos e núcleos atômicos, a ENGENHARIA NUCLEAR é área responsável pelo gerenciamento e funcionamento de reatores, usinas e institui normas de segurança para o uso controlado da radioatividade. Apesar de ser aplicada especialmente para produção de energia elétrica, a energia nuclear também é usada em inovações da medicina, transporte, e até mesmo na indústria alimentícia, para conservação de alimentos. Por isso, Engenheiros nucleares trabalham constantemente com equipes de cientistas das mais diversas áreas, como Química, Geologia, Matemática, Física e Química.

No Brasil existem apenas duas usinas nucleares (uma terceira já está em construção) em Angra dos Reis, no município do Rio de Janeiro. Por isso, profissionais interessados em especializações no ramo ainda encontram poucas opções de graduação e pós-graduação no país. No entanto, inúmeros países no mundo usam a energia nuclear como principal forma de geração de energia elétrica. Um dos elementos mais utilizados é o urânio – comum na Terra, mas formado originalmente nas estrelas. Seu enriquecimento produz elevadas quantidades de energia, mas também pode ser perigoso, já que pode ser usado na fabricação de bombas nucleares.

Ao longo da história o homem desenvolveu e adaptou inúmeras áreas da Ciência para criar suas invenções. A ENGENHARIA NUCLEAR, por exemplo, surgiu após a união de conhecimentos da Engenharia com a Física e Química. Ao estudar os elementos químicos, bem como o comportamento dos átomos e partículas em seus núcleos, cientistas perceberam que poderiam desenvolver novas formas de energia. Um dos primeiros a estudar essas formas foi o físico alemão Albert Einstein, que em 1905 propôs a teoria da relatividade E=mc² (energia é igual a massa vezes o quadrado da velocidade da luz).

Quase 30 anos depois, os físicos ingleses John Cockcroft e Ernest Walton demonstraram que Einstein estava certo. Eles bombardearam partículas de lítio com íons de hidrogênios altamente energizados, provando que a massa desaparecida havia se transformado em uma poderosa carga energética. Foi então que os cientistas não pararam mais de pesquisar elementos radioativos. E o avanço da Segunda Guerra Mundial contribuiu ainda mais para o desafio da divisão molecular. Em 1945 foi testada a primeira bomba atômica, nos Estados Unidos; e nove anos depois foi inaugurada a primeira usina nuclear, na Rússia.

ENGENHARIA QUÍMICA é a área do conhecimento que estuda os métodos de fabricação de produtos que passam por processos químicos. Dedica-se à concepção, ao desenvolvimento, à otimização, à aplicação, à gestão e ao controle desses métodos e das unidades industriais onde eles ocorrem. É o ramo da engenharia ligado aos processos industriais em que diferentes matérias-primas são transformadas em produtos de maior interesse industrial.

Essa área do conhecimento nasceu na Inglaterra, mas cresceu intensamente nos Estados Unidos, alimentada pela indústria do petróleo e petroquímica. Muitos dos materiais que fazem parte do nosso cotidiano, como o plástico e a borracha sintética, foram desenvolvidos por tecnologias da ENGENHARIA QUÍMICA.

O trabalho do engenheiro químico consiste em elaborar ou aperfeiçoar métodos de produção que envolvam processos químicos. Também cabe a esse profissional o controle da etapa de produção e das fábricas e estabelecimentos onde ela ocorre, além da avaliação da qualidade do produto final e da fiscalização da construção e da montagem das instalações onde ocorrerão tais processos.

Há muitas possibilidades de atuação para esse profissional. Ele pode trabalhar em empresas públicas ou privadas, em institutos de pesquisa, assessorias, como consultor, entre outras possibilidades.

ENGENHARIA SANITÁRIA é a área da engenharia voltada para projetos que utilizam os recursos hídricos e de saneamento básico. Analisa como captar e distribuir a água de uma determinada bacia hidrográfica, tornando mínimos os impactos ambientais, e trabalha também com redes de esgoto e estações de tratamento. Além disso, estuda os emissários submarinos e subfluviais e os projetos de irrigação e de drenagem. É um campo do conhecimento multidisciplinar, que engloba matérias das áreas de ciências exatas, biológicas e sociais aplicadas.

Com o desenvolvimento das cidades, o abastecimento de água e a coleta do esgoto tornaram-se questões fundamentais a serem projetadas. Assim, o surgimento da ENGENHARIA SANITÁRIA aumentou muito a qualidade de vida das populações nas cidades, pois os projetos de abastecimento diminuem as chances de falta de água, e o saneamento básico reduz enormemente a proliferação de doenças.

O engenheiro sanitarista desenvolve e aplica tecnologias para proteger o ambiente dos danos causados pelas atividades humanas. Tem como objetivo preservar a qualidade do ar, da água e do solo. Por isso, planeja e coordena redes de distribuição de água e estações de tratamento de esgoto, e supervisiona a coleta e o descarte do lixo, entre outras atividades, sempre aliando qualidade de vida à preservação ambiental.

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